quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Capítulo 13
No sábado, Jacira levantou-se multo cedo e foi à casa de Margarida. Fazia dois meses que elas estavam trabalhando por conta própria, queriam fazer contas e avaliar o progresso do negócio.


O volume de freguesas tinha aumentado e não estavam dando conta de todo o trabalho. Pensavam em contratar uma pessoa para ajudá-las. Jacira queria verificar o montante de despesas que lhes traria, se tinham condições.


Antes de sair de casa, surpreendeu-se vendo Geni aparecer na cozinha tão cedo, ela adorava dormir até mais tarde.


-  O que foi, mãe, por que se levantou tão cedo?


-  Você vai trabalhar hoje?


-  Vou.


-  Então não vamos sair para fazer compras?


-  Vamos sim. No fim da tarde estarei de volta e iremos ao supermercado. Não quer ir comigo?


Geni hesitou um pouco, depois respondeu:


- Acho que vai dar. Hoje acordei um pouco melhor Jacira disfarçou o sorriso e perguntou:


-  Papai está dormindo?


- Está. Ontem ele chegou em casa depois das onze. Hoje só vai para o bar depois do almoço, mas vai ficar lá até a madrugada. Isso não é vida! Ele é aposentado, não deveria ter de continuar trabalhando. 

Depois, um bar não é ambiente para ele. Enquanto isso, eu fico em casa sozinha. Você vem cada dia mais tarde. O que farei se me sentir mal?


-  Ele não se queixa. Ao contrário. Está gostando muito de trabalhar para o Euzébio.


-  Às vezes ele chega em casa com as pernas doendo e vai fazer um escalda-pés. Está velho e não consegue mais ficar correndo de um lado a outro ser­vindo mesas.


-  O trabalho faz bem à saúde. Ele sente-se útil. Fica feliz em trazer dinheiro para casa. Em vez de reclamar, você deveria apoiar e agradecer o esforço dele.


-  Não gosto de ficar sozinha o tempo todo. Nos fins de semana ainda é pior. No sábado ele trabalha mais. Não tem descanso!


-  Mas eu percebo que ele gosta muito de ir para o trabalho. Está mais alegre, disposto. Não parece tão cansado como você diz.


-  Ele não reclama, mas eu sei que está cansado. Você diz que está ganhando melhor, nesse caso de­veria dizer a ele que não precisa mais trabalhar. Ele está se sacrificando por nós.

-  Eu não penso assim. Ele está mais alegre, dis­posto, ontem estava até cantando no banheiro. Agora preciso ir.

-  Vou ficar a esperando para irmos às compras.

-  Pode esperar.

Durante o trajeto para a casa de Margarida, Ja­cira foi pensando na conversa com a mãe. Não era verdade o que ela dissera. Por que Geni sempre torcia as coisas? Seu pai estava adorando trabalhar no bar do amigo.

Aprendera rápido a servir as mesas, era respei­toso, gentil com os fregueses, e, além de ganhar boas gorjetas, fizera novos amigos.

Ele antes era muito sério, mas depois que come­Ã§ara a trabalhar naquele bar, mudara muito. Jacira se divertia vendo-o imitar alguns fregueses, brincando com os fatos que presenciava durante o trabalho.

A vida deles começara a melhorar. Só Geni ainda continuava insatisfeita e infeliz. Precisava fazer al­guma coisa para que ela olhasse a vida de forma mais otimista.

Quando chegou na casa de Margarida encon­trou-a mais alegre. Recebeu-a com olhos brilhantes, o que fez Jacira indagar:

- Você está diferente, aconteceu alguma coisa? Margarida abraçou-a e respondeu:

-  Aconteceu. Dona Ester ligou dizendo que es­taria aqui dentro de meia hora. Deseja nos fazer uma proposta muito boa.

-  Ela é nossa melhor freguesa. O que será que ela quer?

-  Não sei. Mas falava com entusiasmo. Pedi para adiantar o assunto, mas ela disse que só falaria pessoalmente.

-  Vai ver que tem alguma encomenda grande. Vamos ter de procurar uma ajudante o mais de­pressa possível.

-  Outro dia na feira, conversei com algumas amigas e já tenho duas mocinhas interessadas em trabalhar aqui. As duas moram perto, o que vai facilitar tudo.

-  Vamos fazer as contas para ver quanto pode­remos pagar.
- Vamos contratá-las como aprendizes.

-  Não vai dar mais trabalho?

- É melhor. Dessa forma posso prepará-las para fazer tudo do nosso jeito. Gosto de ensinar e não me custa nada.

As duas sentaram-se, Jacira apanhou o caderno em que registrava tudo e começou a fazer as contas.

No fim, sorriu satisfeita. Tinham ganhado mais do que no mês anterior.

-    Vou separar um dinheiro para as despesas do próximo mês, deixar alguma reserva. O restante vamos dividir entre nós duas.


-    Tenho vontade de comprar uma geladeira, a que eu tenho ganhei de d. Itália quando ela comprou outra. Mas está muito velha e a porta não fecha di­reito. E você?

-    Vou comprar roupas para mamãe. Quero ver se ela se anima. Está sempre reclamando de tudo. Também, fica em casa o dia inteiro sem fazer nada. Em casa faz o menos possível.

- Isso não é bom. O trabalho faz bem à mente. A campainha tocou e Margarida apressou-se em
ir atender. Pouco depois, voltou acompanhada de uma mulher de uns quarenta anos, alta, loura, elegante.

Depois dos cumprimentos, Margarida serviu um café e sentaram-se para conversar.

- Você está muito bem, parece que remoçou! -comentou Margarida sorrindo.

-   De fato. Você me conhece há muito tempo.

-   Desde quando eu tinha o antigo ateliê.

- Sabe tudo da minha vida. Quando meu marido foi embora com outra, foi com você que eu me desa­bafei. Eu a considero minha melhor amiga. Quando eu estava casada, vivia rodeada por amigas que desapa­receram assim que descobriram que eu tinha perdido aquele marido rico e me mudara daquela mansão para um pequeno apartamento.

- Você não perdeu nada. Elas eram interesseiras.

-   Eu sei. Mas você fez o que pôde para me ajudar. Animou-me a procurar trabalho e seu apoio foi muito importante. Agora minha vida vai mudar e eu desejo que você seja a primeira a saber.

-   Esse brilho de felicidade em seus olhos revela que essa mudança será para melhor.

- Eu estou muito feliz. O diretor da empresa onde trabalho se declarou. Quer casar comigo. Es­tamos tratando dos papéis do divórcio. Sabe que o João ficou furioso com isso? Procurou-me e disse que queria reatar. E eu tive o prazer de dizer não. Se ele está infeliz com a outra, é problema dele. Eu estou apaixonada pelo Renato. Um homem bonito, elegante, gentil, que sabe valorizar uma mulher.

-  É o dr. Renato Dermazolli?

-  Esse mesmo.

- Ele é um homem bonito e rico. O que aconte­cerá se o João se recusar a assinar o divórcio?

-  Renato disse que vai procurá-lo e convencê-lo a evitar um processo litigioso. Pelo que eu sei, a em­presa dele não tem interesse em enfrentar um pro­cesso onde ele seria investigado.

Margarida levantou-se dizendo:

-  Uma notícia dessas merece uma comemoração. Vou abrir um vinho para brindarmos.


-  Antes vou dizer-lhes o que estou querendo. Vocês duas são pessoas muito corretas, esforçadas, trabalhadoras, as quais admiro muito. Vocês merecem ter sucesso. Eu havia prometido a mim mesma que se algum dia tivesse condições iria ajudá-las. Renato quer que eu me mude para a casa dele mesmo antes de o divórcio sair. Não quer esperar. Eu aceitei. Ele mora em uma casa linda nos jardins e quer que eu o ajude a mudar a decoração. Ontem fui até lá com ele. Pensei em vocês. A rua onde vou morar seria ideal para vocês montarem um ateliê.

-  Bem que eu gostaria, mas não sei se estaríamos em condições de dar um passo desses. Não temos capital e o aluguel lá deve ser muito alto! - tornou Margarida.

-  Seria maravilhoso - aduziu Jacira. - Mas nós ainda não temos meios para tanto.

Ester sorriu e seus olhos brilharam alegres quando respondeu:
 
- Renato possui uma casa muito boa ao lado da que ele mora. Está vazia no momento. Ele não es­tava querendo alugá-la de novo porque os últimos inquilinos, além de não pagarem o aluguel direito, depredaram tudo. Então, falei em vocês. E ele disse que vocês podem se mudar para lá. Dá para morar e montar o ateliê. Estou certa de que com a capacidade que têm, poderão ganhar muito dinheiro.

Margarida olhou para Jacira que estava tão as­sustada quanto ela.

-  É um passo muito grande para nós! - comentou Margarida.

-  Ele disse quanto vai querer de aluguel? - in dagou Jacira emocionada.

- Não vai lhes cobrar nada.

-  Não é justo - tornou Margarida. - Não é direito.

-Por enquanto ele não vai lhes cobrar nada. Vocês podem cuidar da casa, pagar o imposto predial e só. Penso que poderão arcar com essas despesas. No co­meço, se precisarem, eu posso ajudá-las.

Acreditem, é um excelente negócio para Renato. Ele não vai te despesas com a casa, vocês vão cuidar bem dela, que eu sei, e quando ganharem muito dinheiro poderão propor um aluguel a ele.

E então? Aceitem. Quero tê-las como vizinhas.

As duas entreolharam-se indecisas. Era uma mudança grande.

-  Jacira, lembra-se do que Lídia nos disse?

-  Sim. Ela nos disse que nossa vida iria mudar.

-  E que teríamos sucesso em nossos negócios.
-  Foi mesmo.

-  De quem estão falando?

Jacira falou-lhe sobre Lídia e da visita na casa
dela.

- Nesse caso não há por que duvidar. A vida está lhes dando essa oportunidade e não podem perder.

As duas entreolharam-se, olhos brilhantes d emoção, e Jacira respondeu animada:


- Estou tentada e pensar... Vamos fazer as contas para saber se teremos como fazer frente às despesas.

- A casa é grande e vocês poderão morar lá também. Economizarão o aluguel.

- Margarida poderá, mas eu não.

- O ideal seria que você também fosse. Lá há es­paço para você também.

-  Meus pais não concordariam.

-  Você não tem mais irmãos?

-  Tenho dois, que há anos foram embora e su­miram no mundo. 

Meus pais estão sozinhos e eu os ajudo como posso.

-  O pai dela é aposentado, ganha pouco e Jacira é quem paga a maioria das despesas. Bem que eu gos­taria que ela fosse morar comigo!

-  Para mim seria um prêmio! Ficar longe das re­clamações de mamãe, não precisar mais ficar pendu­rada em um ônibus lotado e, além do mais, estar em companhia de Margarida, do Marinho.

- Foi pensando nisso que eu sugeri que mo­rassem juntas. Pense em você, Jacira, no seu bem-estar. Seu trabalho renderia muito mais e você es­taria mais bem-disposta.

-   De fato, eu adoraria. Mas não sei... mamãe fi­cará sozinha!

-   Ela tem seu pai, depois você poderá ir vê-la sempre que quiser e ajudá-la como sempre fez.

-   Meu pai começou a trabalhar no bar de um amigo dele. Ela reclama que fica muito só.

-   De qualquer forma, você também trabalha e não pode fazer-lhe companhia. Mas estou certa de que sua situação financeira vai melhorar e então poderá contratar uma pessoa para ajudá-la nos trabalhos do­mésticos e fazer-lhe companhia - sugeriu Ester.
- Que ideia boa! - exclamou Margarida.

Jacira estava hesitante, mas seus olhos brilhavam emocionados. Não sabia o que dizer.

- Vamos combinar o seguinte: durante esta se­mana estarei muito ocupada com a mudança, a de­coração da casa de Renato e tudo o mais. Mas daqui a quinze dias, virei buscá-las para que conheçam Re­nato e a casa. Enquanto isso, vocês pensem, façam as contas, imaginem o sucesso que farão.

- Tem certeza de que o dr. Renato vai nos ceder a casa e nós só vamos pagar o imposto predial? - in­dagou Jacira.

-  Sim. Quando voltar aqui lhes direi qual o valor do imposto. Mas já adianto que se vocês no começo não puderem dispor do dinheiro, eu vou ajudá-las.

-  E se nós não tivermos sucesso? - perguntou Margarida.

-  Tenho certeza de que vocês vão pagar esse im­posto, todas as despesas e ganhar muito dinheiro. Eu mesma vou mandar-lhes muitas clientes. Terão tanto trabalho que logo precisarão contratar funcionárias.

-  Isso já está acontecendo - informou Jacira. -Temos até uma moça em vista.


-  Eu não disse? - exclamou Ester satisfeita. -É isso mesmo! Agora preciso ir. Ainda tenho muitas coisas para fazer hoje.

As duas a acompanharam até a porta, despe­diram-se, e Ester afirmou:

- Daqui a quinze dias virei buscá-las rumo à nova vida!

Depois que ela se foi, as duas entraram comen­tando a novidade. 

Margarida estava entusiasmada com a ideia de levar Jacira para morar com ela na nova casa.

-  Não sei se poderei deixar meus pais...

-  Você não vai abandoná-los. Ao contrário. Po­derá dar-lhes uma vida melhor.

-  Sabe o que estou pensando?

-  Não.

-  Se eu morasse no local do trabalho, teria um tempo livre para fazer aquele curso de modelagem industrial.

-  Seria o máximo. Você iria se atualizar e, quem sabe, mais tarde poderíamos montar uma confecção.

-  Vamos fazer nossas contas, saber se temos al­guma possibilidade de aceitar a oferta de Ester.

Passava das quatro da tarde quando Jacira voltou para casa e encontrou Geni mal-humorada:

- Você disse que viria para irmos ao mercado, fiquei esperando desde o meio-dia.

-  Eu disse no fim da tarde. Podemos ir agora.

-  Você sabe que eu não gosto de ficar na rua de­pois do escurecer. É perigoso!

-  Vai dar tempo para tudo. Depois, para acon­tecer uma coisa ruim não depende da hora.

Jacira notou que Geni tinha se arrumado, vestira uma saia preta guardada para ocasiões especiais, que nunca usava e já estava fora de moda, e uma blusa um tanto apertada na altura da barriga.
Elas saíram e Geni perguntou:

-  Vamos só ao mercado?

-  Não. Primeiro vamos a uma loja que eu conheço. Você está precisando de roupas.

-  Esta blusa está um pouco apertada, mas a saia está boa.

- Está fora de moda. Vamos comprar alguma coisa mais moderna.
Geni olhou-a admirada:

- Não é melhor guardar o dinheiro para pagar as contas?

- Não. Vou gastar só o que posso. Caminharam um pouco e Jacira notou que Geni
tinha dificuldade para andar. Andaram três quadras e ela reclamou:

-  Vamos devagar. Eu não deveria ter saído de casa. Estou com falta de ar.

-  Era de se esperar. Você vive sentada, deitada, não anda! Se continuar assim vai acabar ficando inválida!


- Você está agourando! Não vou ficar inválida, não!

- Então, trate de andar, não reclame. Estamos perto.

Chegaram à rua comercial do bairro e Jacira parou diante de uma loja de roupas.

- É aqui. Vamos entrar.

Elas entraram e Geni procurou logo uma cadeira e se sentou. Jacira conversou com a balconista e ela trouxe alguns vestidos tamanhos especiais. Geni tinha engordado.

Depois de olhar os preços, Jacira separou dois para Geni provar. Ela nunca se lembrava de ter ido a uma loja com a mãe para fazer compras.

Geni observava tudo sem se levantar. Jacira se­parou duas saias e duas blusas e levou tudo para o provador chamando Geni.

Ao entrar e ver as roupas que Jacira tinha sepa­rado, ela disse baixinho:

- Tem certeza de que tem dinheiro para tudo isso?

- Nós não vamos comprar tudo. Você vai vestir e escolher o que lhe agradar mais.

Quando Geni tirou a blusa, Jacira notou que suas roupas íntimas estavam em péssimo estado. Ela pre­cisaria de um guarda-roupa completo. Infelizmente, não tinha dinheiro para tanto.

Os olhos de Geni brilharam quando ela vestiu uma saia marrom e uma blusa verde. A saia era elegante e a blusa caiu-lhe muito bem. 

Depois, experimentou um vestido azul, que fez Jacira comentar:

- Esse ficou lindo!

Geni passou as mãos nos cabelos, revirando-se diante do espelho.

- Estou velha - comentou. - O tempo passou e eu nem percebi.

- Está na hora de cuidar mais de você.

-  Bem que eu gostaria. Mas somos pobres. Não temos como.

-  Não diga isso. Você só fala em pobreza. Temos que falar em riqueza.

- Não vou me iludir. Quem nasce pobre, morre pobre.

-   Pois de hoje em diante, você está proibida de dizer isso. É até um pecado. Você está viva, lúcida, e por mais que se diga doente, tem uma saúde de ferro. O que você precisa é olhar as coisas boas que têm na vida e agradecer a Deus. Vamos ver o que vai dar para levar.

Jacira levou o vestido, a saia e a blusa que tinham separado e foi conversar com a balconista. Ela não queria fazer crediário. 

Conversou e conseguiu comprar tudo com o dinheiro que tinha reservado.

Geni estava assustada. Há muitos anos ela não entrava em uma loja e comprava coisas para si.

- Agora, vamos ao supermercado.

Uma vez lá, Jacira pegou um carrinho e começou a escolher os alimentos. Geni sentia-se atordoada, preo­cupada, tentando fazer as contas do que
estavam gas­tando. Mas se confundia. Ao chegarem à padaria do mercado um cheiro gostoso de pão fresco as envolveu.


Jacira escolheu alguns pães e também uma rosca doce, coberta com açúcar cristal e uva-passa, cujo aroma estava delicioso. Geni não aguentou:


- É melhor fazer as contas. Você tem dinheiro para tudo isso?


Há muito tempo Geni não saía para fazer com­pras. Jacira comprava o essencial e Aristides pagava as contas de luz, água. Quando faltava alguma coisa ela ia ao mercadinho do Rubens, ao lado de sua casa, e comprava na caderneta, sempre com medo de que no fim do mês não tivessem dinheiro para pagar.


- Tenho, mãe.


- É melhor verificar. Jacira sorriu e respondeu:


- Eu já lhe disse que estou ganhando mais e nosso negócio está prosperando. Pode acreditar.


Pegado ao mercado havia uma drogaria, Jacira entrou, comprou alguns produtos simples de higiene e maquiagem. Ao conferir o dinheiro, comprou também uma água de colônia de rosas.

- Esta é para você. Veja como é cheirosa!


Ela estava se divertindo com a cara assustada que Geni fazia, mas ao mesmo tempo percebeu o quanto elas tinham estado à margem, sem poderem cuidar-se.


Estava anoitecendo quando chegaram em casa, carregadas de pacotes. Ajudando a mãe a colocar as compras no lugar, ela se sentiu satisfeita e inti­mamente prometeu a si mesma trabalhar muito para terem uma vida melhor.



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